Anticoncepção

A pílula anticoncepcional combina estrógeno e progesterona para inibir a ovulação, impedindo a liberação do óvulo. O remédio ainda atua para alterar o muco endocervical no endométrio, evitando que os espermatozoides atinjam as trompas, onde ocorre a fecundação.

Os efeitos do remédio já são sentidos no primeiro dia. No entanto, é recomendável ter relações sexuais após um ciclo completo de aplicação, que envolve a ingestão diária da pílula por um período, geralmente, de 21 dias com uma pausa de sete dias para que a menstruação possa ocorrer e iniciar uma nova cartela no oitavo dia. Há a opção, ainda, de pílulas de uso ininterrupto, que ajudam a reduzir os incômodos e dores menstruais.

Muitas mulheres têm optado por não usar a pílula por motivos diversos, como recomendação médica, os efeitos secundários do remédio, custo e praticidade. Os principais métodos contraceptivos alternativos ao medicamento são:

• Dispositivo intrauterino (DIU): um objeto em forma de T é introduzido no útero para funcionar como barreira física aos espermatozoides, podendo permanecer por até cinco anos no local.
• Diafragma vaginal: o dispositivo deve ser colocado em até 24 horas antes das relações sexuais para impedir a chegada do espermatozoide ao útero. O objeto pode ser lavado e utilizado por até dois anos.
• Camisinha feminina: assim como a versão masculina, o método impede o contato direto entre os órgãos sexuais e previne Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).

Dúvidas frequentes

Quando posso começar a tomar pílula anticoncepcional?

Não há uma idade mínima para começar a usar a pílula. No entanto, para dar início ao método, deve ser avaliado a maturidade emocional e do ciclo menstrual (pelo menos, um ano após a primeira menstruação).

É importante que haja responsabilidade para seguir as prescrições, ou seja, nada de esquecimento ou confusão. A pílula deve ser iniciada nos primeiros dias do fluxo menstrual, o que exclui uma gestação oculta e mantém melhor controle do ciclo.

O que pode causar mudanças no fluxo menstrual?

O funcionamento do ciclo menstrual sofre influências de diversas partes do corpo, desde o sistema nervoso até o útero. Tanto os fatores anatômicos, envolvendo a cavidade uterina, quanto fatores hormonais, relacionados a alterações neste eixo, desencadeiam alterações no fluxo menstrual.

Infecções genitais e aumento da pressão arterial são exemplos dessas possíveis causas. Se você perceber alguma alteração, marque uma consulta ao ginecologista para descobrir a causa e soluciona o problema.

A primeira relação sexual dói?

Isso não é uma verdade absoluta. O hímen é uma película fina, pouco vascularizada e sem inervações. Por isso, se for rompido, ele não causará incômodo. O que pode causar dor na relação é a contração dos músculos do assoalho pélvico e da vagina.

Outro fator pode ser o estresse, que diminui a lubrificação vaginal, e, por isso, tende a dificultar a penetração. Pensando nisso, a dica é relaxar e sentir-se preparada, tudo vai dar certo.

É normal sentir cólicas muito fortes?

Não é normal sentir cólicas menstruais fortes e elas devem ser investigadas por um profissional experiente. A grande intensidade pode estar relacionada a algum problema, como casos de endometriose e cistos, por exemplo.

Por isso, é importante solucionar e dar um fim ao incômodo.

Corrimento na calcinha é sinal de problema?

Você não é a única que tem isso na calcinha. A vagina tem uma secreção fisiológica que é esbranquiçada, sem cheiro forte e não coça. Ou seja, é um processo natural do corpo feminino.

Vale ressaltar que se houver qualquer alteração nessas características, é importante ir a uma consulta, pois pode ser um sinal de infecção.

Como funciona a camisinha feminina?

Assim como a masculina, a camisinha feminina é um método contraceptivo que previne a gravidez indesejada e DST’s. Ela é um anel tubular onde uma extremidade é colocada dentro da vagina e a outro fica externa.

Algumas das vantagens dessa camisinha é que pode ser colocada horas antes da relação, não precisa ser retirada imediatamente, é mais eficaz na prevenção de infecções e não estoura.

Fique atenta, pois ela não deve ser usada com a masculina ao mesmo tempo. O atrito entre os preservativos pode rompê-las.

O que é o exame ginecológico?

Esse exame é uma maneira de avaliar as condições dos órgãos pélvicos. Dessa forma, o ginecologista pode ter checar visualmente a parte externa da vulva, períneo, grandes e pequenos lábios.

Para completar o procedimento, é feito um exame especular e toque bimanual. Assim, é possível analisar o conteúdo vaginal, colo do útero, tamanho uterino e verificar se há algum incômodo.